Autor – Lídia Jorge
Ano de edição - 2011
Leitura em – Março/Maio 2013
Lídia Jorge é uma das minhas referências de leitura há dezenas de anos. Leio todos os livros, guardo um ou outro, mais antigo, para ler... sempre em breve. O ritmo de escrita, feito de um coro de vozes que nos acompanham, junto ao ouvido, é uma das marcas com nome próprio. Este livro, mais uma vez, deixa comigo personagens que parecem minhas, de gente que vive ao meu lado.
"Mas nada iria passar-se como eu imaginava. Ao lado da expectativa, a realidade criava o seu próprio programa, há muito que eu sabia que assim era. Também sabia que a parte que nos decepciona pode ser recompensada pela parte que nos surpreende."
Autor – Cândida Pinto
Ano de edição - 2011
Leitura em – Junho 2013
A figura de Snu há vários anos que me fascina. Li este livro em poucos fôlegos, fascinada por uma mulher forte e determinada, que se deixou vencer por um grande amor. Este é um daqueles livros que, enquanto se lê, se tem de partilhar com quem temos ao lado, relatando factos e trocando passagens, mostrando fotos e tirando dúvidas. Emocionou-me e espicaçou-me, ao falar também de um mundo que é muito o meu: a edição e os livros.
"E a cada esguicho de lama que saltava do charco agitado pela pedrada de um amor inconsentido, Francisco respondia: Tudo com ela. Nada sem ela. E foi assim até à morte. Morreram ambos na flor da paixão, enlaçados num abraço de chamas." (Palavras de Natália Correia)
Autor – Miguel Sousa Tavares
Ano de edição - 2013
Leitura em – Julho 2013
Não resisto a um novo livro de Miguel Sousa Tavares e daí ter lido este logo que surgiu nas livrarias. Começa bem... muito bem. Cheio de emoção e de algum mistério. Tem a escrita fluente do autor, lê-se com vício e curiosidade.
"Essa foi a primeira lição que aprendi: o pecado depende do sujeito, não do predicado."
Autor – Ana Zanatti
Ano de edição - 2013
Leitura em – Julho 2013
Foi a minha estreia com Ana Zanatti. E não será o primeiro e último livro a ler! Confissões de gente com histórias e memórias, com dramas e marcas, com questões e soluções. Uma conversa a várias vozes. Onde também há espaço para a nossa.
"De tanto silêncio, acabámos por dizer tudo. O silêncio é a melhor forma de dizer tudo sem gastar palavras."
Autor – Nuno Camarneiro
Ano de edição - 2013
Leitura em – Agosto 2013
Sempre complicado afirmar tal coisa, mas... arrisco dizer que foi o melhor livro que li em 2013. Primeira vez de Nuno Camarneiro nas minhas leituras e uma história feita das histórias de todos os habitantes de um prédio. O prédio que pode ser de qualquer um, em qualquer ponto do país, em qualquer ano que começa ou que acaba. Gostei mesmo muito. Mesmo.
Autor – Kitty Fitzgerald
Ano de edição - 2008
Leitura em – Agosto/Setembro 2013
Este livro faz parte das minhas "wishlists" há muito tempo e, uma promoção de 2 ou 3 euros, fê-lo voltar comigo para casa e passar para o cimo da pilha de livros para ler. A história, profundamente dramática e negra, toca em feridas profundas de uma sociedade que marginaliza e rotula, quase sem regras.
"Explico-lhe como pensar no cérebro como se ele existisse dentro de uma grande sala, que tem muitos armários e prateleiras e caixas. E o trabalho é escolher uma caixa, ou prateleira, num lugar distante, e pôr aí todas as preocupações e lembranças. Depois cola-se uma etiqueta de memória nesse sítio, que é dos tempos passados, e que é só para ser aberto por motivos especiais."
Autor – Fernanda Serrano
Ano de edição - 2013
Leitura em – Setembro 2013
Li o livro em duas noites e ele nunca mais parou na minha estante. Tem andado de casa em casa, de pessoa em pessoa, de leitura em leitor. Tem tanto de duro como de positivo, tem tanto de emotivo como de feliz, que deve mesmo ser lido.
""Nada é mais importante do que o riso. A tragédia é a coisa mais ridícula que o homem tem, e tenho a certeza de que por mais que os animais sofram eles nunca exibem a sua dor em teatros abertos." São palavras dela (Frida Kahlo), mas podiam ser minhas. É exactamente assim que eu penso. É assim que vivo e foi assim que encarei a doença: sofri, sim, mas rejeitei expor as minhas feridas ao mundo. Não preciso disso. Acho que ninguém precisa."
Autor – Valter Hugo Mãe
Ano de edição - 2011
Leitura em – Setembro/Outubro 2013
Valter Hugo Mãe é para ser lido depuradamente, sorvendo cada capítulo ou cada palavra. Este livro é uma cruzada pela felicidade, por aquilo que é simples e eterno, que é nosso e para ficar. A paternidade e o amor desprendido ganha, nestas páginas, a sensibilidade do talento de um dos meus autores.
"Quem tem menos medo de sofrer, tem maiores possibilidades de ser feliz."
Autor – David Machado
Ano de edição - 2013
Leitura em – Outubro 2013
Conhecia David Machado de livros infantis mas aqui a sua escrita ganha nova dimensão. Daniel, a personagem principal, tem um plano de vida, mas as curvas e os contratempos acabam por vencer os objetivos ou, então, alterá-los. Uma história sobre a força que trazemos connosco e que colocamos, ao serviço da nossa felicidade, quando realmente é preciso. Os olhos têm dificuldade em seguir cada linha, querendo avançar tão rápido como as ideias e como as melhores vontades. Gostei muito!
"E, por causa de instantes como estes, o mundo encrava sucessivamente. As pessoas arrastam para todo o lado os seus protocolos pessoais apurados até ao limite do absurdo, os seus hábitos enraizados, as suas personalidades enviesadas, viciadas nas suas próprias lógicas, e ninguém está disposto a dar um passo ao lado, ceder espaço a outras formas de olhar as coisas para depois continuar em frente, mesmo quando a realidade o exige, mesmo quando não existem alternativas, as pessoas preferem ficar paradas só para não terem de dar esse passo ao lado. Imagina onde já podíamos estar. Imagina a humanidade a avançar, como uma onda, sem nunca esmorecer. Imagina."
Autor - Sándor Márai
Ano de edição - 2012
Leitura em – Novembro 2013
De Sándor Márai tinha lido o sobejamente aplaudido "As velas ardem até ao fim". "A ilha" é um relato obscuro e intrincado sobre a necessidade de um homem que, aos 50 anos, põe tudo em questão. Assim, procura na solidão o melhor cenário para repensar.
"Começou a compreender que a felicidade não se podia considerar uma propriedade privada que se adquire de um momento para o outro, como uma herança da qual, posteriormente, só é preciso cuidar e evitar que seja roubada ou perca o seu valor. Tinha que a descobrir em cada meia hora, em cada minuto; manifestava-se sem aviso e, em termos gerais, era mais cansativa e irritante do que agradável e tranquilizadora."
1 comentário:
E eu estou à espera que pare em minha casa lol Beijinho Gena
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