1) A minha música favorita do momento
2) Nome da minha sobremesa favorita
Mousse de chocolate
3) O que me tira do sério
Gente invejosa
4) Quando estou chateada
Choro
5) O meu animal de estimação favorito
Os meus cães
6) Preto ou branco
Branco
7) Maior medo
Perder tempo
8) Atitude quotidiana
Vai passar
9) O que é perfeito
Aproveitar banalidades
10) Culpa
Sem desculpa.
28 janeiro 2012
26 janeiro 2012
Uma carta para...#4
o meu Pai
Pai
No meu quarto de estudante, onde vivi sete anos partilhando a casa com amigas para a vida, tinha uma parede cheia de poemas, frases e pedaços de canções, em folhas A4 que coloria com bonecos e colava frente à cama e à secretária para decorar. Substitutos originais, e até bem mais valiosos, dos quadros proibidos, pelos furos dos pregos numa parede arrendada.
Quando acabei o curso e naquela tradição das fitas que a família e os amigos escrevem, a surpresa foi grande ao recuperares um dos retalhos da decoração da minha parede, revestindo-o com uma moral à laia de desejo ou de conselho.
Escreveste, então, numa fita branca, com a tua letra desenhada:
"No teu quarto de estudante li Viver é desenhar sem borracha.
Penso nisto. Todos os dias.
Todos os dias mesmo.
Sem ser e sem querer ser de outra forma.
Os bons desenhos, os bons textos, as melhores vidas, chegam depois de erros, de falhas, de dúvidas, de muitos enganos.
Mas quando até parece que fazia jeito a borracha, lembro da parede do meu quarto de estudante, da frase, da fita e daquilo que lá escreveste e sei que (in)felizmente não se acerta sempre, mas o segredo está em andar para a frente depois disso. Sem apagar absolutamente nada.
20 janeiro 2012
Conversas com ele
- Tiago, o fato do judo?
- Ai! Acho que deixei na escola...
- Ó Tiago?! Comprámos o fato há 3 dias?! Então?!
Tens de ter responsabilidade com as tuas coisas... Se não o encontrarmos não te compro outro, ficas sem fato do judo... bla bla bla
Minutos depois, com ar pesaroso:
- Mãe, desculpa... Eu perco tudo. Eu até acho que qualquer dia perco o meu cérebro.
18 janeiro 2012
17 janeiro 2012
15 janeiro 2012
Recomeços
"Recomeça…
Se puderes,
Sem angústia e sem pressa.
E os passos que deres,
Nesse caminho duro
Do futuro,
Dá-os em liberdade.
Enquanto não alcances
Não descanses.
De nenhum fruto queiras só metade."
(Miguel Torga, Diário XIII)
Recomeços são oportunidades para fazer melhor. Para deixar o gasto, o usado, o cansado. Para tentar de novo o que ainda tiver vidas. Para desistir do que está moribundo, soturno, quase nada, quase morto.
A escrita, como a vida, recomeça-se e renova-se. Faz-se de tentativas e de desistências. Consegue-se em tempos felizes mas ganha-se em temores e dissabores.
“Sem angústia”.
Em 2012 estes Refúgios de Felicidade, que são afinal refúgios de um pouco de tudo, completarão sete anos de existência e mereciam crescer, melhorar, ver-me crescer a mim, melhorar-me a mim mesma, diariamente.
“Sem pressa”.
Para eles tenho guardado sempre muitos sonhos. Alguns deixo-os fugir na pressa dos dias, na preguiça, no típico encolher de ombros de quem, tantas vezes, duvida. De tudo.
“Do futuro”.
Porque recomeçar é ir ao ponto do caminho onde se parou e andar, a partir dali. Conhecendo ou não o percurso, fazendo-o pouco a pouco. Reconstruindo-o connosco. Seguindo desvios até. Adivinhando alternativas em cima da hora. Acreditando que há uma qualquer voz insistente que vai dizendo:
“Não descanses”.
Hoje, a partir daqui, do ponto onde carreguei no pause há 4 meses atrás, aceitei o desafio tão ouvido do
“Recomeça”.
Obrigada a todos os que o repetiram.
E porque ainda vou a tempo:
um FELIZ 2012.
Estaremos juntos também por aqui.
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