A partir da leitura deste texto:
às nove no meu blogue - E depois do adeus?
Ninguém anda à procura de ninguém, de príncipes encantados ou paixões que resistem a tudo, até à morte. Ninguém programa a vida, faz dela uma sucessão de actos programados e de objectivos estudados ao milímetro e executados segundo todos os esquemas e detalhes. Simplesmente, acontece. Acontecem as relações, aparecem as pessoas, quebram-se anos de ideais para deixar que os sentimentos cresçam, abandonam-se todas as verdades absolutas para viver, apenas, o momento. Ou um conjunto infinito de momentos. Novos. Completamente novos. E isso sim é o amor. Uma descoberta. Um mundo inteiro de novidades. Sentir o nunca sentido. Fazer o que nunca foi feito. Tentar. Tentar muitas vezes. Dar de nós como nunca a ninguém. E aceitar. Aceitar a novidade, aceitar a descoberta, aceitar o que o outro sente. Aceitar as tentativas falhadas e viver sofregamente o melhor que vier, o melhor que nos derem. Só a nós. Quando olhamos está tudo virado do avesso e a rotação da Terra mudou de direcção.
Viver isto
não se decide. Não se procura.
Viver para a frente é não travar nada do que possa acontecer. De tudo o que ainda temos para sentir e nem imaginamos. Das pessoas que estão para aparecer e ainda nem sabemos o nome. Das outras que têm andado sempre por aqui e ainda nem olhámos duas vezes. Da lista interminável de coisas a fazer num resto de vida que é quase a vida inteira.
Eu tenho bagagem emocional. E isso só me pode tornar mais mulher e mais adulta, mais completa e mais feliz. E quem chegar e vier para me dar novos conjuntos infinitos de momentos, mundos inteiros de descobertas, os sentimentos que faltavam mesmo sentir e fazer muito do que ainda falta, saberá que é a minha bagagem emocional que me faz assim. Então, saberei dar, tentar... e receber. Receber muito mais, muito mais de tudo. Sem medo do mundo virado do avesso ou da Terra a rodar ao contrário.
Tudo o que vier só terá sentido porque, no fim do dia, a minha bagagem emocional estará por aqui: o melhor de mim que é o melhor da vida.
Viver assim
não se decide. Não se deseja.
Aceita-se.
Ilustração - Lyle Motley
às nove no meu blogue - E depois do adeus?
Ninguém anda à procura de ninguém, de príncipes encantados ou paixões que resistem a tudo, até à morte. Ninguém programa a vida, faz dela uma sucessão de actos programados e de objectivos estudados ao milímetro e executados segundo todos os esquemas e detalhes. Simplesmente, acontece. Acontecem as relações, aparecem as pessoas, quebram-se anos de ideais para deixar que os sentimentos cresçam, abandonam-se todas as verdades absolutas para viver, apenas, o momento. Ou um conjunto infinito de momentos. Novos. Completamente novos. E isso sim é o amor. Uma descoberta. Um mundo inteiro de novidades. Sentir o nunca sentido. Fazer o que nunca foi feito. Tentar. Tentar muitas vezes. Dar de nós como nunca a ninguém. E aceitar. Aceitar a novidade, aceitar a descoberta, aceitar o que o outro sente. Aceitar as tentativas falhadas e viver sofregamente o melhor que vier, o melhor que nos derem. Só a nós. Quando olhamos está tudo virado do avesso e a rotação da Terra mudou de direcção.
Viver isto
não se decide. Não se procura.
Viver para a frente é não travar nada do que possa acontecer. De tudo o que ainda temos para sentir e nem imaginamos. Das pessoas que estão para aparecer e ainda nem sabemos o nome. Das outras que têm andado sempre por aqui e ainda nem olhámos duas vezes. Da lista interminável de coisas a fazer num resto de vida que é quase a vida inteira.
Eu tenho bagagem emocional. E isso só me pode tornar mais mulher e mais adulta, mais completa e mais feliz. E quem chegar e vier para me dar novos conjuntos infinitos de momentos, mundos inteiros de descobertas, os sentimentos que faltavam mesmo sentir e fazer muito do que ainda falta, saberá que é a minha bagagem emocional que me faz assim. Então, saberei dar, tentar... e receber. Receber muito mais, muito mais de tudo. Sem medo do mundo virado do avesso ou da Terra a rodar ao contrário.
Tudo o que vier só terá sentido porque, no fim do dia, a minha bagagem emocional estará por aqui: o melhor de mim que é o melhor da vida.
Viver assim
não se decide. Não se deseja.
Aceita-se.
Ilustração - Lyle Motley
1 comentário:
Aceita-se sempre com o coração pronto para dar e receber. Bjs.
Your mother
Enviar um comentário