Não há nada melhor para diminuir uma dor do que sentir outra maior. Assim como não há forma mais fácil de nos sentirmos maiores quando olhamos e temos, ao nosso lado, alguém mais pequeno. As dificuldades da vida giram em torno disto: do que sentimos e do que os outros sentem, de como a nossa dor é maior do que a dor do outro que não podemos entender e até de como é sempre mais fácil viver os problemas que não são nossos.
À escala dos seus dois anos e meio, a grande dificuldade actual da vida do Tigy é conseguir fazer xixi e cocó apenas no bacio. Nestas duas semanas de grande esforço, os quatro a cinco pares de calças diários (a que se juntam cuecas, meias e por vezes sapatos) foram diminuindo até ao dia em que as calças que o levaram para a escola foram aquelas que o trouxeram. E, assim, a recompensa há muito acordada foi entregue e o Tigy passou a ter em casa plasticina de várias cores para brincar.
Por agora, ainda vão sofrendo, de quando em vez, o sofá, os tapetes, os chinelos da mamã, mas cada xixi ou cocó no sítio correcto merece uma onda de aplausos e beijinhos que supera os anteriores deslizes.
Olhá-lo de pernas despidas, com os joelhos juntos, sentado no bacio em plena sala de estar, esforçando-se por conseguir fazer um pingo que seja que mereça os nossos elogios, tem sido o momento certo para me ajoelhar ao seu lado, olhando os seus olhos tão vivos, e fingindo fazer a força que ele precisa, sentir as dificuldades da minha vida quase tão valiosas como aquilo que se vê, no fundo do bacio, quando o meu filho dele se levanta.
Aquela sensação de que as grandes dores que trazemos podem realmente ser tão inúteis até pode passar no minuto seguinte, enquanto lavo o bacio e o recoloco no canto da sala... Mas se ela voltar, dentro de instantes, quem sabe se não ficará?
A dificuldade do meu filho em deixar as fraldas foi (quase) ultrapassada em pouco mais de duas semanas. As dificuldades que tenho em ultrapassar-me a mim mesma, em fazer mais por mim e pelos dias que tenho, pode demorar mais, pode a força ser mais exigente, mas, no final de tudo, exigirei a recompensa. E eu sempre quis experimentar moldar sonhos de plasticina...
À escala dos seus dois anos e meio, a grande dificuldade actual da vida do Tigy é conseguir fazer xixi e cocó apenas no bacio. Nestas duas semanas de grande esforço, os quatro a cinco pares de calças diários (a que se juntam cuecas, meias e por vezes sapatos) foram diminuindo até ao dia em que as calças que o levaram para a escola foram aquelas que o trouxeram. E, assim, a recompensa há muito acordada foi entregue e o Tigy passou a ter em casa plasticina de várias cores para brincar.
Por agora, ainda vão sofrendo, de quando em vez, o sofá, os tapetes, os chinelos da mamã, mas cada xixi ou cocó no sítio correcto merece uma onda de aplausos e beijinhos que supera os anteriores deslizes.
Olhá-lo de pernas despidas, com os joelhos juntos, sentado no bacio em plena sala de estar, esforçando-se por conseguir fazer um pingo que seja que mereça os nossos elogios, tem sido o momento certo para me ajoelhar ao seu lado, olhando os seus olhos tão vivos, e fingindo fazer a força que ele precisa, sentir as dificuldades da minha vida quase tão valiosas como aquilo que se vê, no fundo do bacio, quando o meu filho dele se levanta.
Aquela sensação de que as grandes dores que trazemos podem realmente ser tão inúteis até pode passar no minuto seguinte, enquanto lavo o bacio e o recoloco no canto da sala... Mas se ela voltar, dentro de instantes, quem sabe se não ficará?
A dificuldade do meu filho em deixar as fraldas foi (quase) ultrapassada em pouco mais de duas semanas. As dificuldades que tenho em ultrapassar-me a mim mesma, em fazer mais por mim e pelos dias que tenho, pode demorar mais, pode a força ser mais exigente, mas, no final de tudo, exigirei a recompensa. E eu sempre quis experimentar moldar sonhos de plasticina...
5 comentários:
Realmente, ler-te é sempre recompensador, tal como o que sentes com cada vitória do Tigy. Espero que os vossos sonhos de plasticina se transformem sempre em realidade.
Beijinhos e Parabéns!
Mas vais ultrapassar... isso eu sei... e tu também...
Sim?
beijo de plasticina
Transformar os sonhos em plasticina é bom. Mas dela para o real é ainda melhor. Acredita amiga que ainda vais conseguir!!! O teu texto lindo somo sempre. :-) beijocas larocas com amizade e obrigada :-)
Embalada pelo som que melodiosamente me conduz pelos teus sonhos de plasticina de palavras feitos, vou percorrendo por estes dias as minhas horas ou apenas os meu serões com uns deliciosos e surpreendentes sapatos de rebuçado, escarlates, vivos e deliciosamente suculentos para a mente e a alma :).
Beijinhos e inté***
Lindos, vocês.
Recordo com ternura os olhinhos dele a dançar no meu casamento... muito risonho no colinho do pai, igualmente radiante :)
Merecem toda a felicidade.
beijinhos com "amorizade"
Caty
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