13 outubro 2014

Equilíbrio

Por um lado,
chovia torrencialmente quando o despertador tocou e o escuro que vi na janela sabia mesmo a segunda-feira. O carro estava estacionado no fim da rua, as mochilas pesadas e não havia mãos nem braços para chapéus de chuva, casacos e o filho arrastado para o carro, para a escola, para o começar da semana. O dia foi lento, cinzento, quebrado, calado. Havia trânsito no regresso a casa. Uma hora e meia de um caminho de vinte minutos.

Por outro lado,
acabei de tirar um bolo quentinho, redondo e doce do forno. A casa cheira a lar, está cheia e tranquila. Partilham-se segredos ao ouvido. O Tiago no sofá pede-me para ler um livro novo. Voltam as mantas para os joelhos, as pantufas nos pés e desdobram-se os abraços antes de adormecer.

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