
29 junho 2010
28 junho 2010
26 junho 2010
18 junho 2010
Uma canção e uma história #6
Quando inventei o nome deste meu lugar vivia realmente um momento de felicidade refugiada na minha barriga onde crescia o Tigy. Naquele tempo, para mim, havia muito onde procurar razões para sentir a tal da felicidade e vivê-la, plenamente. Então criei não um refúgio de felicidade, mas sim um "Refúgios de Felicidade", no plural.
Este blogue completará em poucas semanas 5 anos, tantos quantos o Tigy fará em poucos meses para a frente e o meu casamento fez em poucos meses para trás.
De lá para cá fui fechando alguns dos refúgios onde buscava a minha felicidade: desiludi-me com alguns livros, cansei-me de alguns discos, perdi-me em alguns episódios das séries de sempre, mudei algumas rotinas, estranhei algumas pessoas, perdi outras tantas, esqueci algumas datas, deixei escapar alguns filmes, neguei alguns passeios, prendi algumas gargalhadas, apaguei alguns textos, escondi algumas verdades, adiei algumas conversas, ocultei alguns factos, não entendi alguns sinais, passei ao lado de bons dias, falhei. Falhei muitas vezes. E os refúgios eram cada vez mais pequenos e escondidos e iam dar todos ao mesmo lugar. O lugar onde vivia toda e qualquer felicidade. Pensava eu.
Cinco anos depois voltar a este meu lugar é ignorar o cabeçalho e morder o lábio onde se esconde a questão: mas, afinal, que felicidade é esta?
Sim. Tive vontade de mudar o nome. Ou de apagar o cabeçalho, de escurecer as cores do fundo, de trocar as palavras do título por coisa que condiga mais comigo. Não era solução original. Tive ainda vontade de trancar este lugar. De apagar. Desaparecer. Também não era coisa que não aconteça por aí todos os dias. Pensei numa pausa. Num tempo sem palavras. Sem novidades. Mas isso faço eu, por aqui, tantas vezes.
Então, decidi ficar. E decidir ficar é sempre muito mais complicado do que partir. Ficar é sempre muito mais pesado do que a tralha que se leva ao sair.
Cinco anos depois. Apenas cinco anos depois e tanta coisa pelo meio, há um casamento que acaba e que era o meu. Há um filho que cresce e que é sempre o melhor de mim. Há um blogue que fica. Com o mesmo cabeçalho sereno, com o mesmo fundo tão limpo, com o mesmo título tão hipócrita.
Esta canção lembra-me, então, este meu lugar. Por muito que ela conte que as regras da sensatez avisam para não voltarmos aos lugares onde fomos felizes este blogue fica. Fica mesmo. Para me lembrar que num lugar qualquer do mundo deve haver mesmo um, apenas um, refúgio de felicidade e que esse refúgio é o meu.
14 junho 2010
06 junho 2010
Nunca mais

Isto tem tanto de convicção como de orgulho, tem tanto de teimosia como de segurança.
Isto tudo teve sempre muito mais de obstinação do que de crença, muito mais de pensamento mágico do que simples tolice.
Mas, às vezes, é preciso pensar tudo outra vez. Dar voltas à cabeça, pensar as certezas que temos e mudar pelas certezas que devemos.
Porque há um momento certo para repensar tudo. Para mudar tudo. Para virar a gaveta do fundo, tirar tudo cá para fora, limpar o pó, rasgar os trapos. E mudar. E avançar. E recomeçar. E acreditar que essa coisa da felicidade ainda existe mesmo sem pensamentos mágicos ou sem "nunca mais" que podem bem nem durar para sempre.
01 junho 2010
Por acaso
Por acaso parece coisa estranha.
Mas com tanto Dartacão, tal profissão do futuro não deve ser nada por acaso.