08 outubro 2006

1,2,3 Nem uma colher de cada vez


De boca de leão bem aberta, o Tigy comilão aprovava qualquer receita, aceitava qualquer menu. Agora, de boca bem fechada, o Tigy rejeita quase tudo o que preparamos para ele.

A comida é, nos últimos dias, mais um objecto de brincadeiras. Sente a textura, prova e, por fim, atira fora. À sua volta, cadeira e chão, acabam fiéis depositários de tudo o que começou no prato para acabar no lixo.

Depois, na hora de dormir, com o estômago desaconchegado, o sono é instável e interrompido. Valem as papas pela manhã, um pouco de fruta, os iogurtes e as malvadas bolachas.
Folheia-se o livro "1,2,3 Uma Colher De Cada Vez", em busca da receita milagrosa, tenta-se uma ou outra coisa. E, sem sucesso garantido, as primeiras colheradas entusiasmadas acabam em birras e desmotivação.

Desta vez, sem ânimo para grandes palavras, peço-vos ajuda.
O que fazer?

13 comentários:

sissi disse...

Olha, sabes o q faço c a minha e resulta: 1 batata doce, um pouco de cenoura, um pouco de cebola e 2 folhas de alface...
Mas qd eles são de n comer é mt mau...a paciencia desaparece num ai...JOkitas

BlueAngel aka LN disse...

Oh amiga, experiência não tenho, mas apenas te posso dier que tenhas paciência! uma beijoca laroca

RB disse...

Minha querida,
Quando as crianças nascem, as necessidades de sobrevivência, são as mais importantes e nada que os circunda assume um tão grande interesse, como qualquer necessidade fisiológica.
Quando começam a crescer, a comida, o sono, assume uma posição secundária, sentindo mesmo que não precisam de tal acto. Posteriormente e porque o mesmo é necessário, chegam a ficar zangados por terem fome e sono e começam a travar a luta com eles mesmos.
O mundo é uma incógnita para eles, o desejo de descobrir, a vontade de saber mais, inibe-os de parar para coisas que já conhecem de cor.
Só mais tarde, se apercebem, que tudo podem fazer, comer e brincar, dormir e aprender.
O mundo é uma incógnita para eles, o desejo de descobrir, a vontade de saber mais, inibe-os de parar para coisas que já conhecem de cor.
Talvez já tivesses pensado e lido sobre isto, talvez não te esteja a dar nenhuma novidade, apenas um reforço para que não faças da alimentação uma jornada de luta, é uma conquista lenta, como tudo na relação dele com o mundo e na vossa relação, construida de pequenas conquistas.
Acredita que quando a fome apertar, ele comerá.
Um beijo

Caroline disse...

intercá-la com algo que ele goste... algo doce... como fruta ou iogurte :)
talvez resulte... com a prin resultava :)))

De qualquer forma deve ser só uma fase que vai passar... mas custa tanto... bem sei!

Beijinhos de outra mãe

Anónimo disse...

O que dizer quando ainda não se tem experiência? Sei que também dei muitas dores de cabeça à progenitora... e não foi fácil, especialmente porque eu era (e sou) muito teimosa :s...
Muita paciência (mesmo quando ela se esgota) e doses reforçadas de ânimo são tudo quanto te posso "oferecer". Coragem que estes momentos custam, mas passam...
Beijinhos para ti e para o Tigy!
Inté...

Docinho disse...

São fases... a C andou assim e ainda n voltou ao normal... come menos... talvez dando coisas que ele goste e ao mesmo tempo achq piada...
Distraindo-o...

Beijos de mãe

Anónimo disse...

Receita:
duas pitadas de paciência, mexer e dar de novo.

Sónia e MI disse...

Nem sei que dizer...
:S

Anónimo disse...

Tocaste bem na ferida!
Quando uma criança não quer comer parece que o mundo vem abaixo, pelo menos para os pais. Às vezes aborreço-me e antes de me angustiar, passo o gesto e a palavra ao pai, e vou passear a cadela. Looollll.
Eu não acredito que eles não queiram comer, antes que há ali uma qualquer interferência, assim como quando eram bebés e choravam, e nós, sem sabermos porquê. Eu tentava mil e uma maneiras de o acalmar. Umas vezes acertava e enquanto não acertava não descansava. Acho que ele precisava mesmo era das tentativas….Loool
As crianças têm uma dinâmica própria, uma vezes iguais às outras, outras vezes diferentes e excepcionais. Temos de os conhecer. Esse campo define aquela mãe específica. E eu, ando sempre atrás da linha como se me faltasse alguma coisa, alguma informação, ou então, acredito mesmo que os dois redemoinhos que o Benjamim tem no alto da cabeça definem uma personalidade meiga mas carente de atenções específicas… Looolll
Mas voltando à ajuda, tentas fazer um check-up:
- Vais ver como ele come na creche. Quanto tempo demora. Como começa: sopa? antes ou depois? Que coreografias há à mesa com ele no meio dos outros meninos todos…
- Depois há aquelas questões da postura e da rotina: comer sempre à mesma hora sabendo qual a hora certa, não dar nada antes da refeição ou então somente uma peça de fruta, posição confortável na cadeira, tv ligado ou desligado, estímulos zero ou a mesa cheia de bonecos, muita paciência, descontracção, muita comida, colheres e garfos para o chão, muitas palminhas numa acção bem feita, o tempo todo do mundo mas não muito para ninguém se cansar…
- Pode haver algum novo nutriente ou elemento que ele não goste;
- Verificar se o comportamento se revela ao pequeno-almoço ou se é só ao jantar;
- A comida a partir do ano de idade deve ser a nossa, mas pode levar 6 meses ou mais para ele gostar da nossa comida…
- Há crianças que devoram tudo, outras que parece que não querem nada, mas que vão aos biscoitos, gostam de pão e de fruta, de iogurtes e de “mimos”, no fundo, gostam de mimos.
- Há pais que preferem que as crianças comecem a comer depois de eles acabarem;
- Há crianças que não comem à mesa mas esperam pelo leitinho mais tarde e dormem entretanto…
- Não vale desistir, ralhar à mesa, perder a paciência, e se calhar o melhor é imitá-los, tipo balbúrdia no Oeste. Às vezes dá resultado, porque lhes dizemos que: “está tudo bem…gosto de ti assim mesmo, todo lambuzado, com papa no aparador, a casa toda lambuzada” e porque, ele há muito tempo para a “educação”…
- Eu acredito que tu tentas. Fazes bem a vossa comida. Fazes equilibradamente a junção na roda dos alimentos, mas isto surgiu agora, e só quer dizer que ele está a crescer e como vês não há receitas (comportamentais) iguais para todos. Falar com o pediatra pode ajudar. E cortar nas bolachas também.
Ò mãe, que grande paciência deves ter tido comigo… LOooll

Esta fase há-de passar (digo para mim). Depois vêm outras... LOL

Beijinhos

CLS disse...

Pois, tb eu venho com a conversa das fases, mas é mesmo verdade. A Camila, com os seus 3 anos, ainda vai tendo dessas fases em q a hora das refeições é um caos. O melhor q há a fazer nessas alturas é relaxar e acreditar q, quando eles têm fome, comem, não se deixam andar até à inanição.
Bjs

Anónimo disse...

olá. olha, tal como sabes eu ainda não tenho experiência própria, mas já vi crescer muita criança lá em casa. e há uma coisa que meu pai, que já criou MUITOS "filhos" sempre disse: se eles não querem comer, não vale a pensa insistir até à exaustão. isso só os chateia a eles e a nós. a criança se tem fome vai comer, pode não ser aquilo que nós queremos que ela coma, mas passar fome ela não passa. e a verdade é que comprovei isso muitas vezes. o que a minha mae costumava fazer era dar umas bolachitasou um pedaço de pao, só para eles não ficarem sem comer nada.. e depois la vinha a fome para o resto. um bom truque tb sempre foi deixá-los comerem sozinhos.. faz mta porcaria à volta deles, mas alguma coisa acaba por ficar no estomago.Sei que posso não ter ajudado mt, mas fica aqui o meu contributo.
bjs gds

Jane & Cia disse...

Estou na mesma situação :(
Desconfio que continuam a ser os dentes a atormentar, e teimam e nunca mais vêm cá para fora...

Melhores dias e papas!

Beijinhos

Carla Augusto disse...

Parabéns pelo blog!